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Empréstimos com garantia de celular ou eletrodoméstico: Como funcionam e quais os cuidados?

Entenda como funcionam os empréstimos com garantia de celular ou eletrodoméstico e saiba quais cuidados tomar antes de contratar!

Nos últimos anos, o acesso ao crédito no Brasil tem se transformado com o surgimento de modalidades mais flexíveis e inovadoras. Uma dessas opções é o empréstimo com garantia de celular ou eletrodoméstico, que promete facilitar a vida de quem precisa de dinheiro rápido, mesmo sem possuir um carro ou imóvel para oferecer como garantia.

Apesar da aparente facilidade, esse tipo de operação exige atenção. Antes de contratar, é essencial compreender como o processo funciona, quais as condições envolvidas e, principalmente, quais são os riscos de perder o bem em caso de inadimplência. Além disso, a decisão deve considerar a real necessidade do crédito e a capacidade de pagamento, evitando que uma solução temporária se transforme em um problema financeiro ainda maior.

Como funciona o empréstimo com garantia de bens móveis

O funcionamento é relativamente simples. A instituição financeira avalia o valor de mercado do bem oferecido — seja ele um celular de última geração, um eletrodoméstico novo ou até um notebook — e, com base nessa avaliação, define o valor do crédito disponível. O cliente, então, firma um contrato no qual o bem fica vinculado à operação como garantia de pagamento.

O valor liberado costuma ser proporcional ao preço estimado do bem, geralmente variando entre 30% e 80% desse valor. Essa margem depende da política da empresa credora e do estado de conservação do objeto. Uma vantagem é que, por contar com garantia, os juros podem ser mais competitivos que os de empréstimos pessoais sem garantia, o que reduz o custo total da dívida.

Principais empresas e condições de contratação

Algumas fintechs e bancos digitais já oferecem esse tipo de produto, como a Creditas, que se destaca por atuar no segmento de crédito com garantia. O processo costuma ser todo online: o cliente envia fotos e informações do bem, passa por uma análise de crédito e, se aprovado, recebe a proposta com valor, prazo e juros definidos.

No entanto, é fundamental observar que cada instituição define critérios próprios, como idade máxima do bem, marca, modelo e estado de conservação. Além disso, há empresas que podem exigir a instalação de aplicativos de monitoramento em aparelhos eletrônicos ou visitas para vistoria no caso de eletrodomésticos.

Cuidados antes de contratar

Embora essa modalidade pareça simples e vantajosa, é preciso cautela. O principal risco é a perda do bem dado como garantia, o que pode trazer prejuízo não apenas financeiro, mas também pessoal, já que celulares e eletrodomésticos fazem parte do dia a dia e muitas vezes são essenciais para o trabalho ou estudo.

Outro ponto importante é verificar a credibilidade da instituição financeira. Golpes envolvendo falsas ofertas de crédito são comuns, e criminosos podem se aproveitar da urgência do consumidor para obter informações pessoais ou bens valiosos.

Comparação com outras modalidades de crédito

Quando comparado a um empréstimo pessoal tradicional, o crédito com garantia de celular ou eletrodoméstico tende a ter juros mais baixos e aprovação mais rápida, especialmente para quem tem histórico de crédito limitado ou restrições no nome.

Por outro lado, cartões de crédito com função de antecipação ou empréstimos consignados podem oferecer taxas igualmente competitivas para determinados perfis, sem o risco de perder um bem pessoal. Por isso, a escolha deve levar em conta não apenas o custo, mas também a segurança e a conveniência.

Vale a pena utilizar essa opção?

O empréstimo com garantia de celular ou eletrodoméstico pode ser uma alternativa viável para quem precisa de um valor menor, busca juros mais baixos e não tem outros bens de maior valor para oferecer. Contudo, ele não deve ser encarado como solução para problemas financeiros recorrentes.

A decisão final deve considerar o impacto que a perda do bem teria na vida do consumidor, caso ocorra inadimplência. Afinal, trocar um problema por outro — como ficar sem um aparelho essencial para o trabalho — pode gerar mais prejuízo do que benefícios.